sábado, 28 de abril de 2012

Silogismo em Brasília - Mas não é só e Brasília. E nós com isto?



Foi o Aristóles da Grécia - e não o Demóstenes de Brasília - que tornou o nome silogismo algo a ser respeitado diante das eternas dúvidas dos homens.

|Se A é igual a B e B é igual a C , C é igual a A.


Toda deducão lógica usa as escadas das premissas ( uma premissa maior e outra premissa menor) para chegar a uma conclusão irretorquível.


Hoje, dia 28 de abril de 2012, os jornais brasileiros e em especial o Globo que acabei de ler derrama conclusões irretorquíveis sobre as fraturas expostas da ética ocorridas em Brasília, no senado de Brasília, no Distrito Federal, em Goiás, no estado do Rio de Janeiro, nos projeto do PAC, com a a atuação intensa de Carlinhos Cachoeira, como contraponto da Construtora Delta.

Escândalos contrariam a moral e as leis vigentes.

Acontecem em todos os lugares onde existem homens e mulheres, e independem das ideologias, religiões, graus de educação , de riqueza , de comportamento social, do que seja.

Escâdalo é a divulgação do obsceno.

O que na presença do responsável pelo escândalo deveria ficar sempre atrás da cena subitamente é trazido para o palco iluminado e todo o segredo gusrdado para o prazer individual do escandaloso, é desmontado.

Jamais na história de nossas vidas um escândalo foi tão doumentado, gravado, reproduzido e acreditado mesmo antes de qualquer julgamento formal - pelo Judiciário - pois as provas são avassaladoras.

AGORA O GRANDE GRILO QUE ME PARECE MAIOR DO QUE UMA BALEIA


Tudo o que está ocorrendo em Brasília está focado com câmaras de alta definição e em 3 D no Demóstenes Torres e seu grupo de asseclas ou de patrocinadores foram claramente identificados.

Todos vemos - sem podermos nos dar ao luxo do ceticismo - que naquela capital está sendo mais do que comprovado um malfeirto - ou uma sucessão de malfeitos - que se houvesse uma ìndice Mndial de Malfeitos, o IMM , nos poria nos primeiros lugares derrubando italianos, chineses, indianos, e todos os demais.

Vamos imaginar que apesar de muitas perspectivas de leniência ao fim de toda a CPMI todos os já pré-condenados pela opinião pública sejam considerados culpados e execrados oficialmente por seus malfeitos.

O Lula, quando foi deputado deixou a língua solta e disse que no Congresso haviam 300 picaretas.

Ser picareta por definição é parte essencial da receita de qualquer malfeito. Sem picareta para agir não é possível ir adianre com malfeitos de qualquer espécie.

Vamos lá: condenada a turma investigada por esta CPMI o que vai acontecer com os 300 picaretas restantes?

Solução do Almanaque: Vote com mais conhecimento de seu escolhidos nas próximas elições.

Não só das pessoas em que vai votar pelos motivos que sejam, mas veja quem são os que podem ser eleitos com o seu voto para aquele político.

O Eneas que era alguém visto como o mais honesto diante de todo eleitorado botou no Congresso candidatos de seu partido que não chegaram a obter 1000 votos nas urnas

Mas a votação avassaladora do Enéas teve sobras para eleger gente de que ninguém tinha ouvido falar e que também - com a morte do Enéas - ninguuém mais soube o que estava fazendo.

É uma válvula de escape paerticipar de passeatas, assinar abaixo-assinados pela Internet, vociferar com os amigos e amigas. Mas, a ÚNICA solução está graças a Deus nos seus dedos na hora de teclar o seu voto.



Se todos viessem a conmcrdar com esta solução ainda precisríamos de pelo menos meio século para melhorar um pouco esta questão dos picaretas que se beneficiam e beneficiam os seus apaniguados.

Mas, nós temos tempo.

O Fernando Sabino disse que no fim tudo acaba bem e se não acabou bem é por que ainda não chegou ao fim...

Espero que você esteja por lá quando obtvermos esta grsça.

O problema é que as desculpas serão cada vez mais sofisticadas...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Como é difícil a gente se entender...


Antes da globalização este negócio de ouvir linguas estrangeiras acontecia no cinema, na televisão ou quando você se metia em viagens por países exóticos. Hoje não. A Torre de Babel está diante de seus olhos
em
Com o controle remoto da sua televisão você tem acesso a dezenas de línguas. E se você não é um descendente de d. Pedro II que falava 13 línguas, vai ficar por fora da maioiria delas.

Para quem não entende uma palavra que seja em japonês assistir e tentar deduzir o que os apresentadores da tv japonesa falam é divertido: falam quase sem piscar e as imagens - anunciadas em ideogramas antes da exibição das reportagens - não preparam você para as cenas seguintes, que tanto podem mostrar um gatinho pulando contra uma vidraça quanto o tsunami arrasando o litoral.

Mude para a tv em árabe, a tv em russo, a tv em sueco e você vai se ver na mesma situação.

Como é possível entender como aqueles antepassados hominídeos de todos os povos conseguiram encontrar maneiras tão diferenres de falar sobre as mesmas coisas?

Há línguas indígenas no Brasil de tribos pequenas que se dão ao luxo de ter palavras que só os homens podem falar ( e entender) e as mulheres terem outras e não poderem falar como homens sob penas as mais diversas.

Não são coisas de índios. Japoneses têm estes mesmos padrões e como eles milhares de outras tribos na terra.

Imagine se existissem viagens espaciais e num disco voador alguns visitantes bem preparados pousassem na Terra e já soubessem uma língua.


E fossem parar no Casaquistão. Não conseguiriam um copo d'água...

Daí um movimento pela adoção de uma língua que pudesse vir a ser comprendida por todos.

Li no outro dia que na sua guerra da independência os norte-americanos quase - por um voto a menos na sua assembleia - adotaram o alemão como a língua oficial de seu novo país.

Queriam livrar-se da língua e tudo referente aos inimigos derrotados na sua guerra.

Se isto tivesse acontecido o nosso mundo seria bem diferente do que veio a se tornar.

Menciono este fato de almanaque para que você não se apresse em indicar o inglês como esta língua universal "que já está na cabeça de todos "

Pode ser outra, até o esperanto do Zamehoff criada para ser esta língua , mas que nunca colou .

O português para nós seria muito conveniente Além dos motivos óbvios, é que a língua é muito boa.

Inglês é muito usada, mas é um absurdo pois as letras não correspondem à pronúncia de milhares de palavras que foram incorporadas ao vocabulário ao longo de pelo menos uns 2 000 anos.

Cheguei aonde queria:

. Vamos fazer de nosso português a língua universal. O nosso primeirom passo sutil para conquistar o mundo. Brincadeirinha...

Caleidoscópio é ainda mais fascinante se você prestar atenção aos detalhes




A primeira vez que alguém - criança ainda - vê as imagens de um caleidoscópio não tem como não ficar fascinado. Como aquilo tudo pode se formar no fundo de um tubo e mudar a cada movimento?

Agora quando você pensa um pouco mais vai se conscientizar de que todas aquelas mudanças sempre irão ser feitas com as mesmas peças que você viu da primeira vez e que matematicamente nenhuma imagem daquelas vai voltar a ser vista.

Se num caleidoscópio as coisas ocorrem assim, pois as peças que formam as imagens são sempre as mesmas, as coisas na terra - na nossa terra - também seguem este ritmo.

A mesma água que bebemos hoje já estava aqui quando há mais de um bilhão de anos a terra esfriava, em nuvens de lava e vapor que já eram as peças do nosso caleidoscópio.

Ocorre que nos últimos anos o caleidoscópio da globalização está sendo modificado pela adição de peças que não estavam no fundo do tubo , ou que tinham sido extraídas dele , há pelo menos 50 anos;

O mundo está exacerbando sentimentos nacionalistas que SEMPRE resultaram em guerras ao longo da história dos homens.

Não são só os árabes e sua primavera , são os franceses e seu nacionalismo direitista , colaboracionista de fato na invasão nazista, que voltou a representar 20% dos eleitores, são os comportados noruegueses, os revoltados italianos, os destemperados sanguinários toureiros espanhois, os republicanos desejosos de voltar a estar por cima seguindo as ideias ianques que permitiram os seus estados unidos terem chegado aonde chegaram, sao os russos mais russos do que sempre, czaristas por DNA.

Temos ainda chineses tornando-se ricos de seu império do meio vindo buscar com atraso o que eles acham que merecem ter.

Enquanto nós aqui temos os castelhanos que tanto assombraram nossos militares no passado de novo vestindo os seus uniformes de campanha, em modelitos criados pela Cristina, mas aprovados em massa por nossos hermanos.

E temos o lulo-petismo-dilmismo-cachoeirismo invadindo as nossas casas inapelavelmente para nos obrigar a mudar os nossos móveis = as nossas peças de nosso caleidoscópio - em outros lugares, com outras formas e cores.

Fiquem atentos. O cenário em nosso caleidoscópio local, estadual, nacional, regional, mundial e até universal (leia o post anterior) vai mudar de cara e talvez as imagens não sejam muito bonitas para se ver.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Se você pensa que os maiores problemas da Terra e do Brasil são de pessoas e seus mal feitos pense mais um pouco e crie novos medos muito maiores.Coisa de louco!


Duas fotos de auroras polares. Há auroras sobre o polo sul e sobre o polo norte. A Austrália por exemplo tem auroras polares.




Um fato que rotineiramente deixamos de lado é que nós todos moramos e dependemos da Terra.

Claro que a Rio+20 vai chamar a nossa atenção para uma série de "malfeitos" que poderão ou não ser contornados por nós - seres humanos, mas tenho quase certeza absoluta que o assunto deste post não vai ser abordado, até porque vai parecer coisa de nerds desocupados.

Voltemos ao início: nós vivemos na Terra - a Gea dos gregos - que permitiu que os nossos milhões de antepassados vivessem, prosperassem, inventassem as coisas de que gostamos e também as de que não gostamos, e se incorporassem ao mundo como um default.

Você acordam o sol nascer no leste, o sol deslocar-se pelo céu quando as nuvens deixam e o sol se por no fim do dia.

Para os nossos avós anteriores a Galileu, Copérnico e Kepler a banda da Terra tocava exatamente a mesma "música" que vemos hoje com os NOSSOS PRÓPRIOS OLHOS e poderiam até mandar matar quem lhes dissesse que quem de fato estava se movendo era a Terra.

O sol estava lá longe, mas tratava de dar a sua voltinha diária em torno da nossa Terra, comportadamente e sem margem para discussão.

Fiz toda esta encenação para pedir a sua atenção para um artigo saído esta semana de abril de 2012 na revista Nature sobre as tempestades solares.

Tempestades solares são súbitas irrupções de labaredas cujas "chamaa" escapam da bola do sol e se lançam em torno dele num espetáculo fascinante para os terráqueos que o assistem por meio de telescópios munidos de muitas lentes redutoras da luminosaidade.

Se numa representação você colocar a Terra sobre o sol, como uma bolinha negra, esta bolinha negra será menor do que um pinguinho de tinta que você resolva fazer sobre o desenho de um sol amarelo na página de seu caderno.

A Terra é 1 milhão e 300 mil vezes menor do que o sol. É um quase nada e no entanto as labaredas das tempestades solares - vista no telescópio - são centenas ou até milhares de vezes maiores comparativamente ao tamanho de nossa Terra.

Grande coisa! Esta é a típica cultura de almanaque como se dizia quando eu era criança em relação a coisas interessantes, mas que só poderiam servir para jogar conversa fora.

Nenhuma parcela desta cultura iria fazer qualquer diferença em nossa vida...

AGORA VAMOS VER O EFEITO DAS TEMPESTADES SOLARES AQUI NA TERRA

Um efeito visual que todos invejam nos países dos extremos da Terra, são as auroras polares que eram chamadas de boreais por terem sido mais badaladas no hemisfério norte.

Você olha para o céu e parece que os produtores de efeitos especiais do cinema alopraram e decidiram dar um show inesquecível para os pouquíssimos espectadores daquelas paragens do mundo.

O céu se enche de irradiações coloridas que se movem por cima de toda Terra, vão para lá e vão para cá, deixando os esquimós embevecidos e os exploradores com a coleção de imagens que abre este post.

Desde que o mundo existe existem auroras polares porque desde que o mundo existe o sol gera tempestades que lançam raios cósmicos em direção aos planetas, satélites, asteróides e cometas que compõem o seu sistema solar.

Nós só conseguimos ser atingidos por esta carga de raios cósmicos e não virarmos torrresmo seco e desidratado porque a Terra - de todos os planetas - gerou a atmosfera com os gases que sobem até uns 30 quilômetros de altura sobre as nossas cabeças - e seria isto o MAIOR MOTIVO PARA VOCÊ DAR GRAÇAS A DEUS TODOS OS DIAS - e lá em cima os raios cósmicos gerarem apenas aquelas luzes lindas para os esquimós verem.

Esta história tem paralelos com o negócio do sol nascer e se por todos os dias. É um fenômeno que existe e não há muito a discutir.

Ocorre que nos últimos 100 anos a nossa espécie privilegiada de cabeça inventou milhões de aditivos para usar na Terra original, da eletricidade aos computadores, do trem de ferro aos jatos intercontinentais, da máquina de escrever ao laptop que está diante de seus olhos.

Se a vida na Terra fosse "comprimida" em 24 horas, tods estas invenções humanas apareceriam menos de um décimo de segundo antes de bater a meia noite.

Agora, um cientista Mike Hapgood, pesquisador do Rutherford Appleton Laboratory (Inglaterra), num comentário publicado no dia 19 de abril na revista científica Nature, explica que as tempestades solares de agora são mais intensas do que quaisquer outras registradas pelo "meteorologistas espaciais" e que seus efeitos PODEM ser a maior ameaça para todos nós que estamos sob o sol.

Aliás, muitos povos primitivos sem telescópios ou instrumentos de pesquisa já sabiamente identificavam o sol como o deus a ser respeitado. Era uma questão de bom senso, pois quando havia uma dissonância entre o que os povos esperavam dos dias de sol e chuva se justificava a frase "deois das tempestade vem a bonança".

O que o Hapgood e seus colegas informam é que sistemas de distribuição de eletricidade - em toda a Terra - podem cair por meses seguidos e deixar milhões de pessoas sem energia e portanto sem vida.

Ao mesmo tempo, os que estiverem em aviões a 10 mil metros vão tomar uma carga tão violenta de radiação cósmica que nas minhas palavras se se pusessem uma chapa radiográfica como fazem em pacientes deitados em hospitais por baixo de seus fundilhos seria possível obter uma radiografia de seu interior durante o voo.

No solo também iriam ocorrer efeitos similares com consequências tão sérias à saude humana e de todas as espécies vivas que tornariam pequenos todas os malfeitos humanos.

Os grandes nomes da política - a turma dos malfeitos e a turma dos bemfeitos - poderia chegar a um hospital como o Sírio Libanês em São Paulo - já adiantados com as chapas radiográficas das partes de seu corpo que estavam doendo...Obtidas simplesmente andando nas ruas com as chapas coladas onde sentia dores...

Desculpe o editor deste Almanaque por estas piadas sem graça. Mas, numa grande tempestade solar, prevista pelo Hapgood não haveria muita graça e talvez até acabasse toda a graça do mundo.

Daí o apelo desta intimorata publicação online : carpe diem .


Aproveite o seu dia e o seu tempo. Dê atenção ao que mereça a sua atenção. Não se perca diante de bobagens bem embaladas que podem tomar momentos valiosos de seu tempo.

Eu nunca diria isto

mas tenho de admitir que talvez a leitura deste post seja uma perda de tempo. Mas, dentro de mim, tenho a certeza de que depois desta tempestade solar não teremos o mesmo tipo de bonança a que estávamos acostumados.

Arme-se de muita fé, muito amor, muita vontade de viver, muita vontade de sentir-se especial por viver neste mundo tão imensamente maior do que tudo o que vemos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Deus, como sabemos, é brasileiro... Mas não é só Ele!

Um país com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados em meio a um continente com mais de 20 países.



Uma população incrivelmente otimista, que realmente se acredita protegida de alguma forma especial por Deus ao constatar que o país escapa das grandes devastações naturais – terremotos, vulcões, furacões, tufões, tsunamis – embora sofra com percalços diversos.


Há inclusive a piada do arcanjo Gabriel que discretamente pediu a atenção do Criador para esta sucessão de privilégios para esta região da Terra comparativamente às demais.


O Senhor com gesto de acolhimento à crítica ousada de Gabriel teria se limitado a dizer:

- Espere para ver a gente que vou botar lá...


Ora, na verdade o editor deste Almanaque assegura que o Deus supremo de fato se excedeu exatamente ao juntar as várias gentes que vieram a formar o nosso país continente.


De onde parecia que nada poderia dar certo numa receita com tantos ingredientes conflitantes eis que passados os anos, os séculos, a mistura foi se apurando como num prato destes que requerem a ação do mestre cuca por vários dias. E chegou agora ao século XXI com um sabor todo especial.
Mas, bem volto ao mas mais adiante...


Os obcecados com a objetividade não podem sequer ousar desconsiderar a ousada afirmativa deste repórter/editor: os bilhões de dólares que aportam ao Brasil nos últimos meses em busca de bons investimentos falam por si.


O passado geológico da terra, antes de se cogitar da existência de um Brasil, poderia justificar a observação do arcanjo Gabriel da piada.
Boas terras, muita água na superfície, muitos minérios no subsolo, petróleo até no fundo da fenda formada com a separação da África debaixo de alguns poucos quilômetros de sal fóssil, sol todo o ano, oceano cheio de vida e de bons ventos.


Durante uns 500 anos estas coisas tão boas não podiam ser aproveitadas por falta de equipamento e tecnologia. O fim do século XX começou a suprir uma coisa e outra como passou a formar ou importar gente capaz de botar isto em funcionamento.


Parece bom demais e este texto está correndo risco de ser uma reformulação do ufanismo do barão Afonso Celso um século depois de suas constatações otimistas e sempre contestadas pelos seres pensantes do Brasil.


Quem começou esta onda de boas novas foi o Pero Vaz de Caminha, dizendo que aqui se plantando tudo dá. Notar em especial o tudo do escrivão cronista da frota de Pedro Álvares Cabral.


Houve também o livro de Stefan Zweig , Brasil, país do futuro, antes da Segunda Guerra Mundial, sempre citado como a manifestação de um refugiado do nazismo atordoado por suas observações otimistas em relação ao país que o acolheu. E que por muitos outros motivos suicidou-se pouco depois de escrever o livro.


Um componente permanente do Brasil do passado, presente e futuro é a ironia, a disposição incontida de poder perder o amigo, mas não perder a piada.


Se o cara que achava que o Brasil era o país do futuro se matou era porque este futuro mesmo não podia ser esperado. Seu gesto falou mais alto do que todas as suas palavras, por melhores que tivessem sido.


Mas, que ainda não é o mas que será explicado a seguir, ao fazer esta avaliação leviana sobre o Brasil poderíamos também relacionarmos e avaliarmos tudo o que nos aconteceu nos últimos 50 anos – que fizeram pelo menos parte de minha vida – como provas de nossa maré de má sorte, apesar de termos um Deus brasileiro... que como todo mundo por aqui devia estar deixando as coisas correrem soltas, embora Ele pudesse mudar tudo isto se de fato estivesse disposto a trabalhar...



A sugestão deste Almanaque é que todas as coisas ocorridas por aqui, desde o suicídio do Getúlio, da eleição do JK e de sua louca obsessão de construir uma nova capital em 5 anos, à eleição do Jânio que ao renunciar fez despencar o país numa combinação de montanha russa com trem fantasma que ainda não chegou à parada final...


E mais: a indústria metalúrgica fabricando veículos e poluição por estradas construídas quase sempre por custos superfaturados, o crescimento explosivo da população que entre o meu nascimento e este mês de abril de 2012 aumentou em 160 milhões de pessoas, a proliferação de cidades e municípios gerando administradores mal formados, muitos mal intencionados, muitos oportunistas, muitos simplesmente safados tudo isto entra na categoria:


Deus escreve certo por linhas tortas.


Os muitos menos somados na álgebra brasileira acabaram virando agora – e o agora é fugaz – num grande mais, que rapidamente pode esvanecer-se “alguém não tomar alguma providência” outra grande pérola da sabedoria nacional sempre repetida quando a própria pessoa que a recita não está disposta a correr riscos “desnecessários”.


Propõe o Almanaque que você leitor e leitora olhe a sua volta.


De acordo com os seus próprios critérios – não pelos critérios de economistas, universidades, institutos de pesquisa nacionais ou internacionais – pense e repense na sua própria vida e na vida das pessoas que lhe sejam mais próximas.


Todos estamos mais estressados, mais pressionados pelas novas demandas da sociedade, mais preocupados em assegurar o nosso futuro pelo menos em condições semelhantes às que temos agora.


Note bem: assegurar o futuro em condições semelhantes às condições de que desfrutamos agora.


Para os obcecados com a objetividade a migração do que antes era considerada classe D e E para a classe C funciona como um equalizador da análise econômico-financeira.



Da mesma forma que se prova impossível a população estar melhor do que o país em que vive, é impossível a população como um todo ser consistentemente pior do que o país em que vive.


Melhora a vida em Macaé, por causa do apoio ao pessoal que está trabalhando na extração de petróleo no mar em frente. O varredor da pizzaria melhora de vida, mesmo sem embarcar um único dia para as plataformas oceânicas.


O agricultor sempre visto como um flagelado no Piauí, no Ceará que só eram notícia nacional em grandes secas ou grandes inundações está hoje numa área que silenciosamente cresce aos saltos na produção de soja numa terra em que a tecnologia permite colher quase mil por cento a mais por hectare do que antes era possível obter sem a ajuda dos engenheiros agrônomos brasileiros.


Saia voando pelo Brasil e visite todas as cidades que possuam aeroportos onde possam operar voos comerciais. Avenidas, grandes construções e shopping centers as tornam parte de uma rede – que aporrinhação ! – de cidades engarrafadas, onde antes não havia poluição nem muito menos assaltos – e que agora “modernizam-se” à força.


E as populações desassistidas? Antes pequenas localizadas em ambientes que tinham pouco a lhes oferecer, e hoje inseridas como fungos nas brechas de todas as cidades?


Se você percebe que afinal de contas as desgraças são infinitamente menores do que as virtudes há de concordar que a velha tradição de ser Deus brasileiro, mas ( e este é o mas que prometi lá no início ...) é preciso prestar atenção na tradição de todas as religiões.


Deus não tem sentido se não tiver a confrontação do demônio. As maravilhas do paraíso precisam ser comparadas ao sacrifício eterno do inferno.

É o yang e o yin que está na bandeira da Coreia é o côncavo e o convexo.

O fato jamais contestado por nós de que Deus é brasileiro nunca( ao que saiba o editor deste Almanaque) , foi comentado com o seu corolário irrecorrível: o diabo também está por aqui atuando com todas as suas forças para não perder de vez o seu eleitorado.
A


As provas da atuação do demônio estão todos os dias nas páginas dos jornais, no noticiário da televisão e do rádio, nas postagens da Internet, na intercepção dos telefonemas de muitos de seus seguidores, nas revistas semanais de notícias.


A nós incorrigíveis otimistas herdeiros de Afonso Celso, correligionários de Stefan Zweig brasileiros que amadureceram nos anos mais duros e estamos hoje diante deste cenário encantado nos cabe confiar, desconfiando - como disse o presidente Floriano Peixoto.


Nos cabe cuidar de nossa calçada, mantendo-a limpa e contar que quanto mais gente faça o que fazemos vamos acabar tendo uma rua toda limpa, prazerosa de ser percorrida de ponta a ponta,


Olhando tudo em volta e confirmando que Deus é mesmo brasileiro sem perigo de pisarmos num buraco ou no coco do cachorro...

É preciso não esquecer o que o Glauber Rocha nos mostrou no “Deus e o Diabo na Terra do Sol”:


Aquilo lá somos nós mesmos.

Com os agradecimentos ao filósofo Millor Fernandes

terça-feira, 10 de abril de 2012

A fé que nos anima precisa ser incrementada... até a ciência comprova isto!!!Consulte o Google!!!

Para evitar confusões e brigas há a sabedoria popular que nos ensina a não falar sobre política, futebol e religião.

Qualquer destes temas foi, é e será mesmo fonte de discordâncias mais ou menos profundas entre as pessoas. E como já temos mais do que provado pela leitura dos jornais da discussão mais séria muitas vezes resulta o assassinato de alguém “numa morte sem sentido” como a irão classificar os vizinhos e amigos.

Dos três temas a serem evitados o que mais tem sido sufocado é a religião e a fé necessária para que alguém possa a vir exaltar-se na sua defesa diante dos que não veem na outra parte qualquer valor que precise ser aceito como verdade.

O que eu acredito é bom, o que é acreditado pelos outros vai de pura bobagem a uma agressão à minha inteligência. Disto sai fogo, facilmente.

OS SÁBIOS NASCIDOS COMO MAIS CURIOSOS DO QUE OS OUTROS

Desde que foram estabelecidos os primeiros grupamentos humanos vimos a importância de uma característica que compartilhamos com todos os macacos – primatas como nós – que tem nos proporcionado o mundo tal como ele é hoje.

A curiosidade é esta característica mágica.

Solte um mico numa sala em que ele nunca entrou e capture todas as imagens com várias câmaras.

Vai ser muito divertido ver como o nosso primo distante vai reproduzir o que os nossos mais distantes avós, os primeiros homo sapiens, fariam se conseguíssemos reproduzir um deles hoje através de seus genes como talvez se consiga fazer com um mamute nos próximos meses.

A mesma curiosidade que leva o mico a remexer em tudo, quebrar o que possa ser quebrado, pendurar-se no que possa alcançar, comer o que pareça comestível o nosso avô renascido iria fazer.

Como posso ter certeza disto?


Muito simples. Toda a nossa história registrada confirma que a curiosidade – saber o que está por trás e além do que se vê – tem sido o maior motor da formação de todas as etnias humanas.

A TERRA É UM CENÁRIO CHEIO DE INCERTEZAS – GRAÇAS A DEUS


Até chegarmos aqui nossos antepassados passaram por uma super gincana de milhares de anos em que as incertezas sempre foram maioria absoluta em relação às expectativas dos hominídeos que nos geraram.

A primeira incerteza era se seria possível saciar a fome.


Todos os dias, durante todo o ano, chovesse, nevasse ou fizesse sol.

O bom líder sem dúvida era o que fazia ou deixava de fazer coisas que garantiam a alimentação.

Tanto pelo que havia em volta, quanto à garantia de que o grupo não seria expulso dali por outro grupo mais preparado para tomar conta do lugar.

A sedução pela mágica de propiciar bom tempo se verifica na origem das palavras de todas as línguas, desde o Buenos Aires, como os castelhanos chamaram o porto no rio da Prata, aos ventos com suas personagens chegadas ao Olimpo dos gregos, e em todas as etnias do mundo.

A MAIS ANTIGA DESTAS MANIFESTAÇÕES HUMANAS OCORRE QUANDO MERGULHAMOS nas cavernas de Altamira e Lescaux encontramos imersas na profunda escuridão pinturas feitas na pedra que sobreviveram mais de 40 mil anos praticamente como haviam sido criadas com imenso sacrifício por seus autores.

Há especulações bem fundamentadas pelos cientistas que se dedicam a entendê-las que foram pinturas feitas como atos propiciatórios para que lá fora, à luz do dia, aqueles animais pudessem ser caçados para alimentar o grupo.

Ou seja, há 1600 gerações os nossos antepassados demonstravam a sua Fé da forma como podiam para propiciar a Caça abundante.

O que fazemos hoje quando queremos caça abundante?


Ao longo destes mais de 40 mil anos os nossos antepassados descobriram Deus e Deus se revelou a todos.

Não há etnia, por mais simples em seus hábitos, por mais remota que seja a sua localização, que não tenha chegado a um Deus.

Há Deuses representados por desenhos, por esculturas, por tradições orais a que todos recorrem por não poder responder as perguntas mais intrigantes diante de nossa curiosidade de primatas: Como Somos? Para Onde Vamos?

Nos velhos textos religiosos há sempre menção ao poder do Deus considerado naquele texto sagrado. Por vezes o próprio Deus se revela ofendido pelas infidelidades de seus crentes que fazem coisas para outros Deuses.

Parece uma insanidade, o próprio Deus colocado acima de todos os homens se irritar com estes problemas menores que sequer deveriam ser pensados pelo grande criador.

Mas, a razão das infidelidades sempre está pousada na expectativa de que o outro Deus atenda com mais eficiência as demandas feitas pelos seguidores duvidosos da capacidade de seu próprio Deus resolver o tipo de aflição do seu seguidor.

Na Grécia antiga este problema se resolveu com a proliferação de Deuses especializados em areas humanas. Desde os Penates, encarregados das casas e residências, a Marte que cuidava dos assuntos militares, dentre outros.

Os muitos males que levavam os homens à morte com poucos anos eram atribuição de Deuses e de médicos por eles inspirados em templos como Epidauros.
Os parentes e amigos cuidavam então de fazer sacrifícios aos Deuses certos e a orar com toda a sua Fé para que a cura se fizesse.

Esta informação se refere – e por isto é vista como mais um passatempo intelectual do que uma arriscada questão religiosa – à Mitologia Grega.

O Mito associado a qualquer atividade tem o poder de reduzir o seu potencial ofensivo diante do público.
O mentiroso renitente, sem temor de suas histórias, é denominado de mitômano.

No entanto, hoje, tal como em todos os tempos, a Fé beneficiou aqueles que dela compartilham.

Nos Estados Unidos e na Europa – não cito o Brasil por falta do componente científico nesta relação de Fé com cura – há centenas de evidências de que pacientes (milhares deles) pelos quais há pessoas com Fé orando por sua recuperação obtêm maiores percentuais de curas do que os que ficam sem esta assistência.

Para os mais céticos relembro os desenhos nas cavernas de 40 000 anos atrás como os atos propiciatórios neles representados. E que funcionavam para aqueles grupos, que evoluíram até chegar aos nossos dias.

A Fé como parte da nossa natureza humana propicia a confiança numa cura, na obtenção de algo em que várias forças conflitantes se enfrentam e demonstram graus semelhantes de sucesso como são os das recuperações dos pacientes por quem se reza, diante dos abandonados pela Fé.

Minha mulher e eu participamos como depoentes de um programa da Ciça Guimarães – Viver com Fé – em que vamos dizer como para nós é importante viver com Fé.

Não é uma questão de usar a Fé como moeda de troca com a sua religião. O que desejamos para nós e para os nossos são desejos muito melhor embasados quando nascem da nossa Fé.


Vale a pena conferir o programa no GNT ao longo deste mês de abril.

E incluir este tema, mesmo com o risco de iniciar discussões desagradáveis, como um tema que vale a pena considerar.

Ainda mais agora quando o fluxo de informação sobre qualquer aspecto abordado neste texto pode ser muito mais detalhado via o São Google...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Seduzir ou persuadir? O nosso dilema de todos os dias


O Jack Nicholson fumando num ambiente bem natural. Pelo Menos aqui temos uma coisa em comum!

No Mundo do Marketing, Pedro Camargo tem um artigo sobre os problemas ou soluções decorrentes dos bons briefings e dos maus briefings. Num resumo que faço aqui para não repetir o artigo que está lá no Mundo do Marketing.

Todo o meu ponto sobre este tema foi deflagrado por uma frase no meio do texto em que o Pedro Camargo afirma que é melhor seduzir do que persuadir o consumidor.

Peço desculpas a ele por discordar em parte. Uma boa parte, por sinal. Mas antes de discordar vou concordar com toda a ênfase.


"Pelo menos temos uma coisa em comum" era a frase - bordão - repetida por vários atores e atrizes quase fechando os comerciais de Free que fechavam mesmo com o locutor em off dizendo algo como Free, mais sabor com baixos teores,

É o melhor caso de sedução do consumidor que conheci na história da propaganda. Melhor inclusive do que o cowboy do Malboro.

Você poderia perguntar: Por pura fidelidade à Standard minha agência na ocasião ?

Não. Pelos resultados que foram surpreendentes, sob todos os pontos de vista.

O Free foi o primeiro cigarro de baixos teores que deram certo na Souza Cruz que brigava com o Galaxy dramaticamente apresentado em comerciais com máquinas, guilhotinas, coisas cortantes demonstrando que aquele cigarro era de fato a metade - para o bem e para o mal - que os tubinhos com tabaco representavam.

Não havia nesta ocasião todo este horror ao fumo e todos estes cuidados para evitar os males causados pela inalação da fumaça.

O cara sentado a seu lado no avião podia, assim que se apagavam as luzes proibindo fumar, puxar o seu cigarro e acendê-lo sem o menor constrangimento. A solução que eu tinha para isto era acionar o biquinho de ar no teto com toda a força dirigido à minha cabeça para formar um cone de vento e impedir que a fumaça viesse a ser respirada por mim.

Conto isto para tornar claro que não sou um viuvo da publicidade dos cigarros por fidedelidade a meus hábitos...

Mas, sou fiel aos bons conceitos de comunicação de marketing. E já lamentei que esta campanha do Free não tenha sido levada ao hall da fama de algum lugar por sua genialidade expressas no "pelo menos temos alguma coisa em comum".

Na teoria esta "frescura" de cigarros com baixos teores era muito mais dirigida às classes mais intelectualizadas, com mais anos nas escolas, com costumes mais sofisticados.

No entanto, e as vendas nos meses seguintes provaram que o Free passou a ser consumido por todas as classes sociais.

Não houve persuasão, houve uma sedução em torno do alguma coisa nós temos em comum.

Em todo o comercial não havia sequer uma menção ao cigarro. O que se via eram situações do dia a dia de pessoas sofisticadas com comportamentos ou personalidades diferentes que também não puxavam cigarros enquanto dialogavam, mas que pareciam tender a uma convergência de interesses, não revelados, mas intuídos, no comercial.

A única coisa revelada era a frase do pelo menos temos alguma coisa em comum. Concluída pela assinatura lida pelo locutor.

Tudo isto escrevi de memória décadas depois dos filmes serem exibidos para não desvirtuar o meu recall histórico. Justamente o que devia ficar para justificar a minha avaliação da sedução versus persuasão.

ISTO PORÉM NÃO QUER DIZER QUE SEMPRE A SEDUÇÃO DEVA SER BUSCADA OU EXPLICITADA NO BRIEFING.

A minha maior escola de texto foi formada por alguns gênios da persuasão como John Caples, David Ogilvy , James Young. John Hopkins só para citar os mais clássicos e mais antigos. E todos eles foram grandes persuasores que seduziram clientes pelo caminho do convencimento.

Tudo que disseram foi criteriosamenrte mensurado, como tinha de ser feito em marketing direto.

Uma frase criava o desequilíbrio intelectual do leitor , apenas ao lê-la,(coisas como Você comete estes erros em inglês?") e o levava a ler todo o texto, por vezes bem longo, convencendo-o a comprar o que lhe era oferecido.

A sedução portanto não pode ser um ítem a ser listado num briefing. É o bônus maior que o anunciante recebe quando recorre aos grandes profissionais...em seus dias mais inspirados.

E que eles - anunciantes - contenham seus mais ameaçadores instintos de não aprovar o material apresentado por não ser persuasivo, como mandam os manuais.

Nossa profissão é ciência e ARTE combinadas neste espaço divino que todos temos na nossa cabeça. A coisa mais complicada do mundo.

Ou você tem alguma dúvida?

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Se tudo tivesse dado certo para os guerrilheiros do Araguaia talvez HOJE elas estariam como as FARC. Ou não ???


Esta foto é de um acampamento das FARC, na Colômbia, feita por um fotógrafo francês.

As FARC foram durante pelo menos 40 anos a grande demonstração do muito barulho por nada que Shakespeare até transformou em peça.

Não consigo deixar de pensar que as FARC foram as guerrilhas conduzidas por forças de esquerda que obtiveram maior sucesso na América Latina.

Foram financiadas com os recursos da refinação e contrabando de cocaína e das receitas obtidas de seus milhares de sequestrados.

Ou seja, se os aventureiros e aventureiros que foram neutralizados na sua guerrilha no Araguaia tivessem tido sucesso, o máximo a que poderiam aspirar seria tornar-se uma FARC brasileira.


Mas como nós somos muito mais espertos, a solução brasileira foi muito mais inteligente.

Os guerrilheiros viraram governo há já algum tempo e todos podemos hoje nos alegrarmos com a libertação dos últimos 10 reféns das FARC na Colômbia...

Quem vê cara não vê...


Esta foi a Medusa mais feia que pude encontrar no Google Images. A que descrevo no texto abaixo é muito mais assustadora. E o que digo sobre esta história é capaz de também assustar você...


Posso parecer a você como um inocente sem cura. Como uma testemunha ocular da história que vê tudo, ou pelo menos olha, e quando o acontecimento termina não consegue falar coisa com coisa do que acabou de acontecer.

Tudo isto foi consequência deste caso ainda não encerrado com o Demóstenes Torres.

Mais do que ajudar a desmoralizar o poder legislativo - uma espécie de Geny sem muita recuperação - ele me fez rever meus conceitos de gente boa desenvolvidos por mais de meio século num mercado que se considera capaz de entender de gente. E vive disto.

Se a cara do Demóstenes - por um "vento", como se dizia quando eu era criança - assumisse a vedadeira personalidade do Demóstenes não haveria quem pudesse encará-lo.

Seria mais apavorante que a Medusa com os seus esgares cruéis e sua cabeça com cobras venenosas em lugar de cabelos.

Ia ser uma visão apavorante.

Mas, pensei um pouco mais e imaginei que alguém inventasse o dia mundial do "quem vê cara VÊ coração", e tremi nas bases.

Jesus, ao que nos conta os evangelhos, usou este recurso apavorante para aquietar o furor da turba empenhada em apedrejar a adúltera, seguindo a legislação local.

Quem não tivesse pecados que atirasse a primeira pedra. O resultado todos sabemos: a adúltera não foi tocada e de certa forma deve ter sido (licença bíblica minha...) a incentivadora ao culto de são Cornélio.

Desculpem a brincadeira. Mas não consegui deter meus dedos.

Voltando ao dia do "quem vê casa VÊ coração" acho que diante do espelho poucas pessoas teriam o privilégio de reconhecerem a sua cara oficial.

E tenho a certeza de que você leitor e leitora deste Almanaque seria um destes poucos.

Portanto não custa nads continuar assim, pois vá que esta história do dia passe no Congresso e vire Lei...