segunda-feira, 13 de setembro de 2010

E ÁGORA José ? Para onde vai nos levar esta resultante?

A resultante em física é aquela direção obtida quando há o confronto de duas forças. A resultante não é favorável a qualquer delas, apenas demonstra visualmente o que deve resultar quando forças divergentes se aplicam a qualquer coisa.

Politicamente, ou humanamente, a resultante tem de ser desagradável aos "defensores" das forças divergentes.

Mas, ao longo dos anos de civilização, e até para que a civilização ocorresse como "resultante" dos diversos interesses conflitantes das diversas tribos, o mundo valorizou a cada dia mais as resultantes e o que resultou disto tem o nome de democracia.

Sempre que a "democracia" ou a resultante dos conceitos divergentes não são respeitadas a coisa desanda.

As grandes ideias, os novos rumos da política, os novos costumes sociais, tudo que seja proposto para mudar algo que vinha sendo feito, há um choque.

Sempre de 10 a 15 por cento das pessoas serão favoráveis às mudanças e terão de lutar bravamente para que estas mudanças sejam aceitas.

Só nos últimos 100 anos a quantidade de mudanças propostas e aceitas - em proporções nunca antes vistas ou divulgadas na história - ensaiaram as mudanças ainda mais radicais que deverão ser propostas nos próximos anos.

Hoje, estamos vivendo uma era da leniência global. Em vez do "não" a priori que caracterizava os conservadores os reacionários , temos cada vez mais presente o "porque não ?"

Para questionar o que quer que seja, desde se chupar picolé é um hábito sadio ou não, ao uso das sacolas de plástico em supermercados, é preciso se ter informações sólidas para embasar as nossas decisões.

E aí chega a história da resultante. E um novo conflito.

Quanto mais informação se tenha, e quanto mais pesquisadas sejam as nossas informações, mais nós todos vamos nos aferrar a estas verdades.

Daí o radicalismo de grupos que querem - sem este amainamento de seguir a resultante - atuar sobre toda a humanidade.

É duro ter de aceitar ordens, leis, portarias, determinações - escolha os sinônimos - emanadas de entidades, pessoas, países, lideranças que chegaram às suas conclusões sem nos ouvirem.

Mas, lamento, esta será a tendência da moda intelectual nos próximos anos...

E só poderemos fugir a ela quando a nossa tendência de não aceitar estas novas forças e não a força definida pela resultante ao longo da história se tornar entendida e respeitada por mais e mais gente.

Não vai ser fácil, mas será muito mais fácil num mundo cada vez com mais acesso às informações.

E a forma das ideias serem expostas será via Internet.

A verdadeira ÁGORA dos cidadãos gregos que iam à praça pública dizer o que pensavam de tudo e de todos.

Não conheço nenhuma grande decisão registrada como uma decisão da Ágora no sexto século antes de Cristo. Nem sei mesmo se das discussões eram feitos registros que obrigassem a alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa.

Mas o resultado paralelo - tal como hoje ocorre no mundo da Internet - é todo mundo saber da sua denúncia. Todo mundo compartilhar as suas ideias.

O sucesso futuro de tudo isto nós mesmos vamos ver ÁGORA mesmo...

Nenhum comentário: