quinta-feira, 22 de julho de 2010

O que estava por trás das negociações portuguesas do Tratado das Tordesilhas...

As maiores preocupações dos teóricos e práticos da navegação abrangiam da construção de barcos, ao estudo dos ventos passando pela correta forma de posicionar o barco em alto mar.

Com latitude e longitude registradas de forma que outro barco pudesse ir aos mesmos locais com precisão.

A matéria prima para a construção de barcos vinha de uma floresta de pinheiros mandada plantar pelos reis de Portugal (dois séculos antes) para proteger as terras do interior da ação de ventos que tenderiam a arrasar as plantações.

Eles queriam preservar o ambiente para que daquele ambiente agrícola pudesse ser gerada alimentação para o seu povo.

Por isto mesmo todas as árvores derrubadas em Leiria eram replantadas.

Portanto os pinhais de Leiria podiam sempre suprir os estaleiros de árvores e tanino para a construção e calafetagem dos cascos de barcos.

Navegar nas proximidades das terras era muito mais seguro para o navegante desconhecedor das boas técnicas da marinharia. Os problemas que levavam aos naufrágios ocorriam quando afastados das costas e desejando voltar os capitães se perdiam em meio a ventos adversos e não conseguiam aproar os seus barcos para onde queriam.

Um raciocínio simples sobre o que faziam os navegadores portugueses nesta sua tarefa de explorar as costas africanas me parece muito lógico.

Desde meados do século XV os portugueses estavam dedicados a explorar as costas da África já que em suas próprias terras já não havia muito a explorar.

Portugal havia sido ocupado pelos árabes –os mouros – por mais de 800 anos. Esta convivência com as tribos européias que vivam no que viria ser Portugal deu origem às gentes portuguesas que guardam traços árabes em sua aparência e cantam suas músicas com toques tristes relacionados à música árabe.

Com muitas das suas qualidades herdadas de suas origens árabes com todas as vantagens e as desvantagens desta proximidade.

Mas, dentre as qualidades estava a dos portugueses serem ladinos.

Aprenderam a negociar à partir de uma posição menos poderosa, e aprenderam a “levar vantagem em, tudo, certo?” como se definiu na Lei de Gérson instituída 500 anos depois.

A Escola de Sagres, sendo uma escola ou não, era um think tank com o objetivo de estender o poder do pequeno Portugal num mundo inacessível a todos os outros povos europeus no século XV.

Procure os mapas portugueses de 1503, onde aparece a costa da África e se surpreenda com a precisão dos contornos. Do outro lado do Atlântico já aparece o Brasil português delimitado pelo tratado das Tordesilhas.

Este tratado assinado pelo papa Alexandre VI , um ilustre membro da família Borgia, foi também assinado por Portugal por um misto de cosmógrafo, diplomata, navegador, chamado Duarte Pacheco Ferreira. Isto em 1494, dois anos depois de Colombo ter chegado a terras além das 370 léguas a oeste de Cabo Verde.

Que por este tratado com o aval do representante de Deus na terra ficavam claramente nas mãos dos espanhóis.

Já ficavam antes mediante a Bula Intercoetera, também assinada por Alexandre VI em 1493, mas que tinha como inconveniente para os portugueses os limites para as suas terras a Oeste de Cabo Verde, ficarem a apenas 100 léguas de Cabo Verde.

Não pode haver muita dúvida de que as 270 léguas a mais do novo tratado não foram negociadas por capricho. As navegações portuguesas ao longo dos anos 1400 já haviam identificado o potencial de riquezas de novas terras nestes limites.

Tanto que o mesmo Duarte Pacheco Ferreira em 1498 com duas caravelas veio para a região dasa novas terras portuguesas e confirmou ao rei Manoel que aqui – do que viria ser o Ceará até o que viria ser Belém – havia muitas riquezas citando nominalmente o “Brasil”.

Duarte Pacheco Ferreira foi considerado um gênio da raça, pois antes do cronômetro e de instrumentos de navegação mais sofisticados conseguia identificar com precisão por onde estava navegando.

Possivelmente era na ocasião o único navegador capaz de fazer isto no mundo. O fato de ter sido o negociador português do Tratado de Tordesilhas e de ter vindo com duas embarcações reconfirmar a validade de seus termos torna a sua viagem a verdadeira descoberta do Brasil.

E por que toda esta valorização de Pedro Álvares Cabral?

Por que a idéia das terras terem sido descobertas somente em 1500 por acaso por ter ele derivado muito para oeste antes de chegar ao cabo da Boas Esperança?

Nova pausa para descanso...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Amanhã será melhor do que hoje porque hoje já é melhor do que ontem...

Quando entrei pela primeira vez numa redação de jornal ouvi uma frase que influenciou muito a minha vida e certamente determinou mudanças no comportamento de toda uma geração, na qual, você leitor deste blog, se inclui:

Good news is no news!

Numa interpretação mais livre isto queria dizer que se o jornal fosse escrito somente com as boas notícias não iria interessar a ninguém.

Daí a necessidade de esmiuçar os fatos e preferir sempre dar as notícias associadas às controvérsias. Ou seja, matérias na linha do “baba ovo” sempre seriam rejeitadas pelos leitores.

Mas, antes de escrever isto aqui dei uma pesquisada no Google e fui descobrir que a expressão nasceu com os seus termos invertidos:
No news is good news. Ou como diziam os franceses “pas de nouvelles, bonne nouvelles”.

Conceito que foi difundido pela primeira vez em 1615 com o rei James, da Inglaterra, dizendo que preferia não receber notícias do que receber notícias más.

Voltemos para as redações no século 20 e 21 e por seus produtos – notícias, reportagens, artigos – fica evidente que há um cuidado especial em evidenciar os perigos de fim de mundo que nos cercam. Isto fica claro em praticamente todas as coisas que estejam acontecendo.

Imagine uma pessoa influenciável, insegura, temerosa de tudo ao ler um jornal, revista ou assistir noticiários de TV. Claro que ao final do dia estará muito preocupado com o fim do mundo que estaria chegando à galope.

Na saúde os hospitais são insuficientes e cometem as maiores barbaridades com os clientes. Os médicos despreparados são carrascos ocultos, os medicamentos custam fortunas e são ineficazes.

Os laboratórios, assim como a maioria das empresas, não têm a honestidade como ponto forte: compram governos, inventam medicamentos inócuos e tornam-se cada vez mais ricos.

Mas, ao longo das décadas do século 20 a expectativa de vida só teve crescimento.

Se fossemos chamados a projetar como estaria a expectativa de vida do gênero humano e tivéssemos diante de nós apenas as notícias esparsas seríamos uns irresponsáveis se disséssemos que a expectativa de vida das pessoas estava crescendo.

Da mesma forma, diante das avaliações sobre o capitalismo e seus males, também não seria estranho dizermos que o regime do mundo iria provar em breve que a economia global estava entrando numa crise de onde seria muito difícil sair.

Os sistemas de transporte coletivos e pessoais estão também na iminência de um colapso e que será óbvio imaginar um mundo em que o recurso a ele seja o mais restrito possível, “para o bem de todos”.

Num jornal qualquer notícia questionando a iminência das catástrofes merece o apelido de matéria “chapa branca”, lembrando dos tempos já distantes quando somente os carros oficiais do governo recebiam chapas com fundo branco e números em preto.

E, portanto, de uma reportagem “chapa braça” só se poderia esperar interpretações distorcidas da realidade.

O publicamente aceito como certo são as matérias que anunciam maus momentos à frente.

O sagaz Ibraim Sued, em sua coluna de jornal fartava-se de repetir uma jóia do pensamento árabe:

Os cães ladram, a caravana passa...

Nesta década as matérias sobre a grande crise climática gerada pelo homem tornam politicamente incorreta qualquer contraposição relacionada à busca de outras causas para o aquecimento global. A culpa deve recais na desmedida ambição das indústrias e seus produtos provocadores do efeito estufa.

Quem acompanha e se pauta pelas notícias, artigos, livros, entrevistas, pronunciamentos de pessoas famosas só tem a esperar o fim do mundo em breve.

Como a população dos EUA, ao construir abrigos contra ataques nucleares nos anos 50 e 60 do século passado, esperava apenas o início da Terceira e inevitável Guerra Mundial para os próximos dias.

Estamos aqui, com expectativa de vida aumentada. Os abrigos contra ataques nucleares foram usados para outros fins como asseguro que serão usados para outros fins todas as antecipações das grandes tragédias aqui relacionadas.

Não é pelas virtudes individuais de dirigentes, mas pela preocupação biológica da espécie humana preservar-se.

Mesmo sem falar do mundo como um todo, onde as melhorias de vida continuam ocorrendo, o Brasil onde vivemos se torna melhor a cada dia. Coisa que nada tem a ver com o governo, que pelo contrário, com toda a força de sua ignorância sobre qualquer tema, apenas incentiva os cidadãos a se tornarem independentes do estado.

Se este texto fosse guardado numa cápsula e somente aberto daqui a 100 anos eu aposto que quem o lesse iria concordar muito com o que aqui foi dito.

E talvez o usasse para contrapor às projeções de catástrofes vigentes no ano de 2110!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

PARA PENSAR NA PÓS-COPA:VOCÊ OU A SUA EMPRESA FAZEM ALGUMA DIFERENÇA?

Você saberia dar as respostas "certas" às perguntas abaixo?

• If your company closed its doors tomorrow, would your customers really care?
• Are your customers loyal to your company and its products?
• Do you provide your customers with a positive emotional experience?
• How does your product add value to your customers’ lives?
• Do your employees perform their jobs with designing for the customer in mind?
• Is your client base vulnerable to the competition?
• Do your customers consider your company their friend?

Pois bem, elas fazem parte de um livro excepcional : Você tem importância?

E são na opinião deste editor de Almanaque as primeiras perguntas que cada empreendedor deve se fazer diariamente.

Se você achar que as perguntas têm sentido peça mais detalhes sobre o livro.